Dentro e fora das igrejas,
cristãos ou adeptos de qualquer outra crença, praticantes de Yoga, xamãs,
holísticos, budistas, ou seja, lá o que for, há pessoas que buscam tornar-se
alguém melhor. Existe, de alguma forma, uma consciência do que realmente somos.
E sabemos que não é bom.
Há muitas coisas que podem me
convencer e convencer aos outros de que não tenho nada com Deus - que também
dentro e fora do cristianismo, de forma geral, acredita-se que é a fonte da
bondade e da paz -, e são muitas as evidências que podem dizer a todos que não
conheço a Deus.
As minhas atitudes, os meus
erros, a maneira como falo e até pelo que não falo expressam a ausência de Deus
na minha vida.
Mas contra tudo o que se possa
negar a Deus em mim há uma coisa que contesta todas as outras: o fato de que
amo o outro. Quando apesar de minha natureza toda errada há em mim o amor ao
próximo, então Deus aparece através da minha vida e é capaz de redimir e
reparar todos os fatores que o negam em mim.
As bíblia diz que meu coração,
baseado em minhas emoções e nas culpas construídas através delas, vai com
certeza me condenar e gerar dúvidas a respeito da minha identidade – de quem eu
sou – e a mesma bíblia diz que o que sou é filha de Deus. Na primeira carta de
João ele afirma que Deus é maior do que o meu coração que me condena, e
diferente dos enganos do coração, Deus conhece a verdade.
João afirma que a maior prova de
amor que recebo do Pai é ser chamada filha e garante “E nós o somos”, por isso,
ao mesmo tempo o maior dano que posso sofrer é essa dúvida que desperta um
personagem órfão, solitário, rejeitado. E é este dano que comprova a
necessidade da unidade com esse Pai ou, em outras crenças, esse “Ser Superior”,
“Força Cósmica” ou qualquer outra coisa que tentem nomear, porque o sentimento
de não pertencer a Ele, ou a “isso”, de não ser adequado pode me enlouquecer,
me ferir a ponto de que eu decida paralisar e me autodestruir.
Mas eu reforço o ponto que João
defende sobre essa problemática: Deus é maior que o coração que me condena.
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