sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Deus está falando alto. Você é capaz de ouvir?

Quando um não crente ouve um crente dizendo: “Deus falou comigo”, talvez a se pergunte de que forma isso pode acontecer e quando não duvida, fantasia. E eu, quando concluo isso é por mim mesma, na forma como eu imaginava antes de me converter e entender que de fato Deus fala com a gente.
Assim que me converti, logo de cara senti Deus falar comigo sobre IR: ser uma missionária, levar a Palavra. Aí em cima disso Deus falou comigo alguma coisa sobre África e Ele mesmo falou que ainda não é o tempo disso. Aí Deus começou a falar comigo sobre a reconstrução do templo – NÃO O DE SALOMÃO ou qualquer outro de cimento – mas o templo que somos nós, onde quer habitar o Espírito Santo. Deus insistiu na ordem de que eu devo levar a mensagem do evangelho e me deu para isso pessoas especiais. De uns dias para cá Deus resolveu me acrescentar mais: o sentimento transcultural.
Portanto queria ser bem clara sobre essa história de “Deus falar”. Quando optamos pela fé estamos dando um passo em direção ao sobrenatural, ao invisível, ao absurdo.
Estivemos om indígenas Kaingangues
para falar da cultura deles e de outros povos
Crendo na existência de um
Deus criador, onipotente, onipresente e onisciente que se fez homem em Jesus Cristo, seu filho enviado para comungar com o povo em carne e osso na terra e morrer crucificado e humilhado para mostrar o amor e a salvação com o perdão a todos e que morrendo, ressuscitando e subindo ao céus deixou o Espírito Santo em toda a terra então estabelecemos a relação com um Deus único, mas que é três. Loucura? Viagem? Alienação? Eu vivi uma vida de entorpecentes e com absoluta certeza digo que as pessoas buscam incessantemente o sobrenatural. Pois hoje eu afirmo: o sobrenatural real só pode vir de Deus, o resto é resto.


Portanto: Deus fala através do evangelho na mensagem inspirada puramente pelo Espírito Santo, fala através de acontecimentos, de fatos reais, fala através de sonhos, fala através de visões (como sonhar acordado, imagens e sons produzidos pela mente – mas que quando enganosos podem ser também fruto de Satanás e deve ser repreendido quando identificado), fala através da convivência com alguma pessoa que de repente aparece em nossa vida.
Nesta semana Deus colocou no meu coração um sentimento fantástico de compaixão, uma sensação de sentir o que sentem outras pessoas. Não quero delimitar isso aos indígenas, porque existem muitas culturas de muitos povos que necessitam deste nosso colocar-se no lugar do outro. Mas nesta semana tive um despertar de amor muito grande. Fizemos (A missionária Carla, o meu filho João Felipe e eu) contato com indígenas que passavam por Francisco Beltrão, pudemos falar da cultura deles, ouvir a conversa deles na língua Kaingangue que preservam, inclusive entre as crianças, que pouco falam português.
Apocalypto
Avatar
Assistimos o filme com direção do Mel Gibson: Apocalypto e ontem, Avatar. Ambos são surpreendentes. O Avatar que eu tinha um preconceito, mas que no fundo mal sabia do que se tratava ontem me emocionou demais. A fragilidade e pureza das culturas diante das potências industriais, do endurecimento do coração humano, da negligência dos governantes, da discriminação, da ignorância, da falta de Deus. O quanto culturas consideradas inferiores têm a nos acrescentar em fé, em sabedoria, quanto mais são avançadas diante da natureza...

Quando um povo é destruído, devastado, machucado, é uma parte de Deus que está sendo massacrada. Cristãos e cristãs precisam voltar seus olhos e orações para as nações e povos. É preciso interceder diariamente, informar-se sobre as realidades que circundam o mundo, mas também aquelas que estão na sua própria comunidade, cidade, estado, país. Precisamos ser cristãos cheios do Espírito Santo e também de conhecimento pois a palavra diz que sem conhecimento pereceremos. O conceito de crente tapado e burro é uma mentira. Temos Deus para nos capacitar, nos revelar mais e mais! Então você pode IR, pode ORAR, pode CONTRIBUIR.  

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Deixar de enxergar para ser guiado

Disseste: Ai de mim agora, porque me acrescentou o Senhor tristeza sobre minha dor! Estou cansado do meu gemido, e não acho descanso.Assim lhe dirás: Isto diz o Senhor: Eis que o que edifiquei eu derrubo, e o que plantei eu arranco, e isso em toda esta terra.E procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda a carne, diz o SENHOR; porém te darei a tua alma por despojo, em todos os lugares para onde fores. Jeremias 45:3-5

A cada um de nós cabe os desertos pelos quais passaremos para a prova de nossa fé. Em várias partes do caminho terá o cansaço, a dor, a vontade de desistir, de voltar, de parar. Quando tomamos a decisão de aceitar Jesus e andar nos estreitos caminhos Dele precisamos estar preparados.
Deixamos para trás crenças fáceis e bem permissivas, hábitos aparentemente inofensivos, vontades mecânicas daquilo que nos é imposto. Mas no meio de um monte de boas transformações há de vir também aquilo que nos coloque contra a parede num vai ou racha espiritual que é de lascar. Como dizem por aí, Só Jesus na causa!
A angústia não é algo permitido por Deus, aliás, a autorização é que apenas sintamos alegria Nele. Mas a angústia é particular da nossa extrema e falha humanidade, vem da nossa falta de compreensão e da nossa resistência em mudar o passo, virar a página, trocar o disco. A angústia é companhia fiel da ansiedade que tempos pelos dias, horas e minutos seguintes. Queremos saber “qual é” o do dia seguinte, o que virá, como estaremos, como deveremos agir, se será bom ou ruim. Nos afogamos no medo e na insegurança. Isso não é auto-ajuda ou drama, é algo que claro... afinal somos tão acelerados que precisamos garantir tudo e geralmente tentamos fazer isso sozinhos.
Eu estou angustiada. Eu caminho com Jesus mas estou falhando porque não consigo me “largar nas cordas”. Entrego tudo nas mãos Dele mas ainda seguro um punhado na minha mão. Só o Deus do qual estou falando não faz nada pela metade. Não pega um pouco de coisas e deixa outro pouco pra gente resolver do nosso jeito. A renúncia ao que amamos profundamente nos faz bambear as pernas no caminho. Abdicar, largar, abrir mão, soltar...isso dói. Revolta pensar que algo tão bom simplesmente escapa de nossas mãos porque Deus tem um propósito que a gente nem entende o que quer dizer, mas mesmo assim é um propósito.
Ter fé é ter fé mesmo. É andar como se estivesse cego e não sentir medo de tropeçar ou bater ou ir para o lado errado ou ser enganado no troco do supermercado. É deixar de enxergar para ser inteiramente guiado. É nos encolhermos, é aceitar que precisamos ser guiados. Dói, dói uma dor física aceitar que a impotência é uma virtude para Deus. Dói principalmente quando eu era capaz de tomar o controle da minha vida, ou melhor, pensava que era capaz. É como andar ativamente e sofrer um acidente, não conseguir mais caminhar sozinha e ter que aprender novamente, aos poucos, mais lentamente, em distâncias mais curtas e num espaço de tempo maior: é tirar o pé porque o Criador agora colocou a mão.

Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Mateus 6:34

Não há outro como tu, não há outro que eu prefira além de ti...e as batidas do meu coração chamam o teu nome, Jesus!