quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Quanto dessa fé perseverante?


Meditação (devocional) - 25/11/2015 - Lucas 18: 1-8
Amo quando estou orando e lembro de alguma passagem na bíblia que revela algo muito particular sobre o que Deus quer colocar em nosso coração. Ontem aconteceu isso e hoje pela manhã eu meditei em Lucas 18:1-8, que na bíblia a Mensagem está como “A história da viúva insistente” e na Scofield está como a “parábola da insistência recompensada”.

Antes de expor os passos da meditação, para você que não conhece a história, brevemente gostaria de relatar a respeito dessa cidade em que havia um juiz que não temia a Deus e nem se importava com os homens. E nessa cidade tinha uma viúva que batia de forma insistente na porta desse juiz, pedindo que ele resolvesse um caso dela, um caso de violação de seus direitos. E o juiz um dia decidiu que ia atendê-la e resolver seu problema para que ela não voltasse mais. Então Jesus questiona, se esse juiz “sem coração” atendeu ao pedido da viúva, Deus não atenderia aos que buscam Ele?

Tirei como verso principal o 8: “Digo-vos que depressa lhes fará justiça. Quando porém vier o Filho do Homem, porventura achará fé na terra?”. Quando falamos de fé podemos nos remeter a fé que não cristãos tem na vida, nas pessoas, fé no futuro. Mas nessa passagem, segundo a nota de referência, Jesus fala da fé no conjunto da verdade revelada e por isso gostei também da versão A Mensagem que pergunta: “quanto dessa fé persistente o Filho do Homem vai encontrar na terra quando voltar?”.

Entendi duas palavras-chaves com diferentes significados na lição principal. Relacionamento e
confiança. Esse tipo de fé tratado no texto só é possível através da revelação que vai além do intelecto e depende de um relacionamento com Jesus através da mensagem do evangelho e da oração diária. Todos os dias um bate-papo sincero, leve, livre... Quando Jesus menciona o pedido insistente da viúva Ele está nos dizendo: não tenha medo de insistir, eu quero mesmo me relacionar com você! Já a confiança me fez ter um link com o capítulo anterior (Lucas 17:31), que fala sobre a volta de Jesus. Ele mesmo orienta para que nesse dia aquele que estiver no telhado fazendo algum conserto não tente descer para pegar algo que queria guardar, mas confie, e permaneça onde e como está, pois quem tentar salvar sua vida vai perdê-la, mas quem perdê-la, irá se salvar. Isso tem muito a ver com entregar as coisas que mais damos valor, tendo a certeza de que em nada sairemos perdendo. Isso é confiança, porque Deus sabe o valor que as coisas têm para nós. Além disso também conectei quando Jesus diz que se o juiz mau atende a um pedido, como Deus não atenderia aos seus escolhidos, ao verso de Mateus 6, que diz que se Deus veste os lírios do campo e dá de comer as aves que nada fazem, quem dirá aos homens que tem valor para Deus.

O mandamento é: confie, confie, confie!

E a promessa de que Deus é justo a respeito das coisas que pedimos a Ele e conforme nossa fé como condição para esse relacionamento de confiança, nos fará justiça!


Deus não aspira ser nosso ídolo, nem nosso caixa eletrônico, nem nosso pronto-socorro, embora haja Nele poder para ser tudo isso, ele quer que o conheçamos para nos encontrar com o que somos. 

Larissa Mazaloti

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Como a fraqueza gera poder?

Meditação(devocional) 24/11/2015

2 Coríntios 12

Se você é cristão, com certeza já ouviu falar do espinho na carne de Paulo, em 2 Coríntios 12. Se você não é cristão e nunca ouviu falar, o espinho na carne é algo em nós, físico ou emocional, um hábito ruim que nos prejudica ou prejudica outras pessoas, um vício, um traço de personalidade que sempre nos coloca em alguma encrenca. Na bíblia, o espinho na carne é chamado de FRAQUEZA.

No versículo 3, que considerei o principal hoje, Paulo fala da resposta de Deus após ele orar 3 vezes pela mesma fraqueza que a bíblia não define qual é: "E disse-me: a minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo".
Pode parecer difícil, especialmente para o cristão compreender como Deus pode "deixar" que nossa fraqueza permaneça em nós, que mesmo com nossa dor, com nosso arrependimento e diante do perdão de Deus sobre ela ainda assim ela ainda esteja em nossa mente, em nosso corpo, em nossas emoções. 

A lição não é a de que Deus precisa ou usa nossas fraquezas, se aproveitando disso para manifestar seu poder, como alguns não-cristãos possam concluir, mas a lição é de que todos nós temos uma fraqueza, alguns mais forte, outros mais "controláveis", mas temos porque nossa natureza humana é pecaminosa. Então Deus vem e nos diz: tudo bem, vamos fazer dessa sua fraqueza, o seu motivo de prazer em dizer: o poder desse Deus que eu acredito está em me fazer saber da fraqueza, conviver com ela mas não me entregar a ela.

Por isso, o mandamento é que nosso amor por Deus deve estar acima de qualquer outra coisa (qualquer outra coisa mesmo!) e deve ser de todo coração, de toda alma, de toda mente, de todo corpo, porque assim, onde esse espinho na carne estiver, ali estará esse poder.

"Minha graça te basta" é a grande promessa dessa passagem! É uma garantia, uma certeza de que há algo que nos sustenta, que ocupa lugar em nós. A graça é aquilo que Deus nos dá sem nosso merecimento ou sem nosso esforço: não depende de nós. É a promessa de que mesmo que pareça que estamos perdendo, estamos ganhando! E para isso as condições são confiança, humildade e disposição para que Deus nos faça resistentes.


Minha fraqueza não deve ser motivo de culpa, pois a reconheço e a enfrento sabendo que eu não tenho capacidade de vencê-la, mas que Deus de forma sobrenatural está pronto a segurar esta barra comigo. Precisamos tirar a imagem da cruz de Cristo de nossa imaginação e trazê-la para nossa realidade. Que sentido teria tudo aquilo se ainda estivermos em condenação?

Larissa Mazaloti

Como receber o não para uma boa intenção

Meditação(devocional) 23/11/2015

1 Crônicas 28

O versículo principal para mim foi o 3: "Porém Deus me disse: não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra, e derramaste muito sangue".
Davi, rei de Israel, que a bíblia traz como um homem segundo o coração de Deus, tinha o grande sonho de construir um templo, uma casa para abrigar a Arca da Aliança. Mas por causa das inúmeras guerras que Davi venceu contra os povos inimigos e o número de pessoas que foram mortas por sua espada, Deus não o autorizou, mas prometeu que o templo seria construído pelo sucessor de Davi.

A lição principal é que mesmo sendo escolhidos de Deus, mesmo andando com Deus, assim como Davi, muitas vezes nossa melhor intenção não é a intenção do Senhor e precisamos ser humildes o bastante para receber o não de Deus e confiar na sua promessa. E essa confiança tem que ser o bastante para não nos acharmos rejeitados por Deus. Davi continuou seu reinado, só que o templo não sairia de suas mãos.

O mandamento de Deus nesse capítulo é o de que Salomão, filho de Davi guardasse a Palavra de Deus, mantendo-se fiel para que pudesse realizar a obra do templo. A promessa de Deus confirma total fidelidade Dele a Davi, já que de qualquer forma o templo seria construído por sua descendência. Para essa promessa se cumprir houve algumas condições citadas, como: perseverança, atitude de busca a Deus, servidão.


Nós caímos no erro de imaginar que nossos planos são bons, que estamos fazendo o bem. E isso pode se tornar obstinação, rebeldia, e provavelmente um desvio do caminho, afinal, fazer nossa vontade própria já é desviar. Que possamos planejar e desejar menos, para ouvir mais a voz de Deus. Com essa meditação Deus falou comigo diretamente a respeito de um planejamento que fiz ontem, e pude entender algumas alterações, não porque Deus não vê potencial em mim, mas porque talvez eu tenha derramado muito sangue em alguma área e seja cedo demais para lidar com ela. É só uma questão de tempo.

Larissa Mazaloti