Se você é cristão, com certeza já
ouviu falar do espinho na carne de Paulo, em 2 Coríntios 12. Se você não é
cristão e nunca ouviu falar, o espinho na carne é algo em nós, físico ou
emocional, um hábito ruim que nos prejudica ou prejudica outras pessoas, um
vício, um traço de personalidade que sempre nos coloca em alguma encrenca. Na
bíblia, o espinho na carne é chamado de FRAQUEZA.
No versículo 3, que considerei o
principal hoje, Paulo fala da resposta de Deus após ele orar 3 vezes pela mesma
fraqueza que a bíblia não define qual é: "E disse-me: a minha graça te
basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me
gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo".
Pode parecer difícil,
especialmente para o cristão compreender como Deus pode "deixar" que
nossa fraqueza permaneça em nós, que mesmo com nossa dor, com nosso
arrependimento e diante do perdão de Deus sobre ela ainda assim ela ainda
esteja em nossa mente, em nosso corpo, em nossas emoções.
A lição não é a de
que Deus precisa ou usa nossas fraquezas, se aproveitando disso para manifestar
seu poder, como alguns não-cristãos possam concluir, mas a lição é de que todos
nós temos uma fraqueza, alguns mais forte, outros mais
"controláveis", mas temos porque nossa natureza humana é pecaminosa.
Então Deus vem e nos diz: tudo bem, vamos fazer dessa sua fraqueza, o seu
motivo de prazer em dizer: o poder desse Deus que eu acredito está em me fazer
saber da fraqueza, conviver com ela mas não me entregar a ela.
Por isso, o mandamento é que nosso amor por
Deus deve estar acima de qualquer outra coisa (qualquer outra coisa mesmo!) e
deve ser de todo coração, de toda alma, de toda mente, de todo corpo, porque
assim, onde esse espinho na carne estiver, ali estará esse poder.
"Minha graça te basta"
é a grande promessa dessa passagem! É uma garantia, uma certeza de que há algo
que nos sustenta, que ocupa lugar em nós. A graça é aquilo que Deus nos dá sem
nosso merecimento ou sem nosso esforço: não depende de nós. É a promessa de que
mesmo que pareça que estamos perdendo, estamos ganhando! E para isso as
condições são confiança, humildade e disposição para que Deus nos faça
resistentes.
Minha fraqueza não deve ser
motivo de culpa, pois a reconheço e a enfrento sabendo que eu não tenho
capacidade de vencê-la, mas que Deus de forma sobrenatural está pronto a
segurar esta barra comigo. Precisamos tirar a imagem da cruz de Cristo de nossa
imaginação e trazê-la para nossa realidade. Que sentido teria tudo aquilo se
ainda estivermos em condenação?
Larissa Mazaloti
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