Quando Jesus Cristo pergunta aos discípulos quem falavam que ela era, Ele não estava passando por uma crise de identidade, ou uma crise existencial ou preocupado com o que diziam a respeito Dele. A pergunta de Jesus gerou em Pedro e gera em mim revelação e ela será repetida muitas e muitas vezes não porque Jesus tenha dúvida, mas para acabar com as minhas que são insistentes. E a dúvida, conforme ouvi Felipe Valente falar, é fundamental para que a fé tenha uma razão de existir e ser exercitada, porque do contrário, sem dúvidas, para que a fé? Mas essa dúvida existencial a respeito de Jesus Cristo deve ser sanada, esclarecida e aceita imediatamente com a minha própria resposta e certeza de que: "Jesus, você é o Cristo, é o filho do Deus vivo".
Tal é a consciência de Jesus a repeito de quem Ele é e total conhecimento de quem eu sou, o questionamento Dele vem no momento exato em que independente do que eu esteja vivendo, Ele precisa me provocar uma reflexão, sobre o que custa a Ele ser quem é e especialmente o que custa a mim caminhar com Ele. É preciso que eu saiba que custa, porque como escreveu Brennan Manning no livro A Assinatura de Jesus a natureza humana quer pensar em alegria, não em angústia, mas ele esclarece um ponto que nos eleva ao Cristo: "No entanto, reconhecer a dor de Cristo e conhecer seu amor são dois aspectos que não podem ser separados".
Quando Pedro respondeu com revelação do Espírito Santo: "Tu és o Cristo de Deus", imagino eu, na impulsividade característica dele, que tenha respondido efusivamente, de forma festiva, afinal, a revelação nos traz um tipo de alinhamento com Deus, uma plenitude. E foi aí que Jesus falou em seguida sobre o seu destino de padecer, ser rejeitado, ser morto e ressuscitar. Eu compreendi como um alerta de que ser o Cristo de Deus não era nenhum "oba oba" e para deixar claro que Ele não estava sozinho nessa Ele disse: SE quiser vir junto, venha, mas é o seguinte: pegue a sua cruz primeiro, e aí vamos nessa. Eu identifiquei aí uma oportunidade e uma condição:
Oportunidade: "Se alguém quer": foi algo do tipo estar no portão, ser avisado sobre o tipo de trajeto e por isso é uma oportunidade, há um "se" que deixa aberto.
Condição: "Negue-se a si mesmo, tome sua Cruz": é um pré-requisito para a caminhada valer, é como ser convidado para festa americana: cada uma leva um prato. Vai curtir, mas vai ter que tirar um tempo para preparar algo para levar. Essa condição não determina se vou ou não vou, determina como eu vou. A minha reflexão não é aqui sobre salvação, é sobre o tipo de caminhada que eu vou fazer. Até dá para ir mais atrás de Jesus, meio de longe, sem cruz. Ele não vai expulsar, mas com a cruz é lado a lado, sem cruz, lá na "rabeira".

E dentro de mim a resposta torna a repetir: Você é o Cristo, é o Filho do Deus vivo.
E Ele: Então deixa disso e se quer vir, larga mão dessas manias,
toma aí a tua cruz hoje de novo e "simbora".
toma aí a tua cruz hoje de novo e "simbora".
Sou boba de não perder minha vida para Cristo salvar?
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