terça-feira, 19 de agosto de 2014

É preciso diminuir para que Ele cresça, é preciso amadurecer na relação

Um dia, insegura sobre ter um chamado ou não, com poucos dias de conversão eu questionei Deus sobre ele querer usar minha vida ou não. Queria, na minha infinita infantilidade que Deus falasse comigo, que me dissesse um sim ou um não sobre minha utilidade. A verdade é que mal me curei, mal esperei ser tratada e já queria participar das obras e quando Deus puxou o freio para me dizer que eu precisava deixar ele cuidar de mim eu achei ruim. Pensei que poderia eu não servir para nada no reino Dele. Aí pedi, e até já contei sobre isso aqui no blog...Ele me respondeu. Me deu duas leituras sobre a reconstrução do templo dada como missão a Zorobabel (Ageu 2:21 – 23 / Zacarias 4: 1- 14). Entendi que cabe a mim, com as habilidades que tenho ajudar a reconstruir o templo que cada um de nós é. Quanto estamos sendo de templo para Deus? Quanto estamos servindo como morada, como abrigo para a mensagem do evangelho? Estamos em condições de ser habitados pelo Espírito Santo ou nossas portas se fecharam, ou destruímos tudo? Será que nos rendemos às dificuldades, aos embargos que são feitos para a obra do nosso Pai?
O tempo vai passando e as vezes o primeiro amor vai esfriando, vai virando segundo, terceiro...a gente ganha uma autoconfiança humana muito grande e acaba esquecendo do quanto sobrenatural é nossa intimidade com Deus e o quanto precisamos estar atentos para as experiências que o Espírito Santo quer nos proporcionar. A gente se envolve demais com o que esperamos das pessoas, com aquilo que tentamos forçar ser, com o que queremos, com o que pensávamos que ia ser. Lendo Êxodo 3 eu me dei conta que todos nós passamos por uma fase meio Moisés. Quando Deus fala com Moisés dizendo que o enviaria ao rei do Egito para pedir que o povo de Israel fosse libertado da vida de escravidão e Moisés pergunta: “Quem sou eu para falar com o Faraó? O que direi quando me perguntarem quem me enviou? Eles não acreditarão que é o Senhor! Eu não sei falar bem, não tenho eloquência...”. Por que insistimos em desacreditar das promessas de Deus é que vivemos uma fé frustrada, porque colocamos nossas limitações como muros impedindo que Deus se aproxime mais, que tenha conosco aquilo que ele mais quer...um relacionamento.
Precisamos deixar de ser crianças na fé, precisamos todos os dias nos esforçar para amadurecer. Uma pregação bastante interessante e inquietante da pastora Priscila Seixas traz a seguinte, de Hebreus 5:12-14
De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido!
Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça.
Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.
Como diz ela lembrando que toda criança tem uma “barda”, um “dengo”: é a chupeta ou o paninho que a mãe dá para acalmar a criança que chora. Precisamos largar os paninhos e chupetas...resolver nossos problemas, crer que a vontade de Deus deve operar sobre tudo e que nós apenas somos usados e como ele quiser. Não podemos escolher um ministério, um dom...Se quiser Deus muda nossas habilidades e nos capacita como bem entender como capacitou Moisés.

Eu não quero mais o leite. Quero ter a confiança do Pai. Busco em oração a sabedoria que vem Dele.


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