Um dia, insegura sobre ter um chamado ou não, com poucos
dias de conversão eu questionei Deus sobre ele querer usar minha vida ou não.
Queria, na minha infinita infantilidade que Deus falasse comigo, que me
dissesse um sim ou um não sobre minha utilidade. A verdade é que mal me curei,
mal esperei ser tratada e já queria participar das obras e quando Deus puxou o
freio para me dizer que eu precisava deixar ele cuidar de mim eu achei ruim.
Pensei que poderia eu não servir para nada no reino Dele. Aí pedi, e até já
contei sobre isso aqui no blog...Ele me respondeu. Me deu duas leituras sobre a
reconstrução do templo dada como missão a Zorobabel (Ageu 2:21 – 23 / Zacarias
4: 1- 14). Entendi que cabe a mim, com as habilidades que tenho ajudar a
reconstruir o templo que cada um de nós é. Quanto estamos sendo de templo para
Deus? Quanto estamos servindo como morada, como abrigo para a mensagem do
evangelho? Estamos em condições de ser habitados pelo Espírito Santo ou nossas
portas se fecharam, ou destruímos tudo? Será que nos rendemos às dificuldades,
aos embargos que são feitos para a obra do nosso Pai?
O tempo vai passando e as vezes o primeiro amor vai
esfriando, vai virando segundo, terceiro...a gente ganha uma autoconfiança
humana muito grande e acaba esquecendo do quanto sobrenatural é nossa
intimidade com Deus e o quanto precisamos estar atentos para as experiências
que o Espírito Santo quer nos proporcionar. A gente se envolve demais com o que
esperamos das pessoas, com aquilo que tentamos forçar ser, com o que queremos,
com o que pensávamos que ia ser. Lendo Êxodo 3 eu me dei conta que todos nós
passamos por uma fase meio Moisés. Quando Deus fala com Moisés dizendo que o
enviaria ao rei do Egito para pedir que o povo de Israel fosse libertado da
vida de escravidão e Moisés pergunta: “Quem sou eu para falar com o Faraó? O
que direi quando me perguntarem quem me enviou? Eles não acreditarão que é o
Senhor! Eu não sei falar bem, não tenho eloquência...”. Por que insistimos em
desacreditar das promessas de Deus é que vivemos uma fé frustrada, porque
colocamos nossas limitações como muros impedindo que Deus se aproxime mais, que
tenha conosco aquilo que ele mais quer...um relacionamento.
Precisamos deixar de ser crianças na fé, precisamos todos os
dias nos esforçar para amadurecer. Uma pregação bastante interessante e
inquietante da pastora Priscila Seixas traz a seguinte, de Hebreus 5:12-14
De fato, embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido!
Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça.
Mas o alimento sólido é para os adultos, os quais, pelo exercício constante, tornaram-se aptos para discernir tanto o bem quanto o mal.
Como diz ela lembrando que toda criança tem uma “barda”, um “dengo”:
é a chupeta ou o paninho que a mãe dá para acalmar a criança que chora.
Precisamos largar os paninhos e chupetas...resolver nossos problemas, crer que
a vontade de Deus deve operar sobre tudo e que nós apenas somos usados e como
ele quiser. Não podemos escolher um ministério, um dom...Se quiser Deus muda
nossas habilidades e nos capacita como bem entender como capacitou Moisés.
Eu não quero mais o leite. Quero ter a confiança do Pai.
Busco em oração a sabedoria que vem Dele.
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